Imagem do Projeto (Foto: paranaextra.com.br) |
O MT encontrou diversas irregularidades nos
andaimes laterais de acesso à obra, que foram interditados. O relatório revela
que os andaimes foram montados por trabalhadores sem qualificação, não tinham
travamento por desencaixe acidental e apresentavam pontos de forração
incompletos (que permitiriam a um trabalhador “pisar no vazio”). Os andaimes
também não tinham cabo de segurança independente da estrutura (se a estrutura
caísse, não haveria outro ponto que segurasse o trabalhador) e, por fim, o
acesso ao andaime foi classificado como inseguro.
Os auditores do MT também embargaram um talude
(acúmulo de terra de escavação), com risco de desmoronamento por causa das
chuvas, e um poço fundo e sem sinalização. Nos dois casos, havia a
possibilidade de soterramento ou outro acidente grave.
As modificações necessárias para tornar a obra
segura não são complicadas, na avaliação de Elias Martins, chefe da Seção de
Inspeção de Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no
Paraná. “Parece-me que o problema é pequeno, mas se o acidente ocorresse, o
trabalhador não se safaria. Em regra as pessoas morrem por soterramento”,
afirma. Segundo ele, a inspeção foi feita por demanda – ou seja, por
solicitação de alguém ou alguma entidade cuja identidade não é revelada.
O Consórcio CR Almeida/J. Malucelli, que
administra a obra, informou que as reivindicações do MT serão cumpridas e que
as adaptações não vão atrapalhar o cronograma previsto de entrega até o fim de
março. Ainda segundo o consórcio, uma nova vistoria será feita hoje. O MT, por
sua vez, até o fim da tarde de ontem ainda não tinha recebido o requerimento
para uma nova fiscalização. Depois de recebido, o prazo para nova fiscalização
é de um dia.