quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Ponte de Papel sem Cola

A Competição de Pontes de Papel é um dos projetos mais tradicionais do grupo PET Engenharia Civil da UFPR. O evento pretende simular uma situação real em que os alunos dimensionam uma ponte treliçada e constroem um modelo reduzido feito de papel, que é colocado a prova no dia do rompimento. A competição também se torna interessante devido o material que as pontes são feitas, já que o papel é um material pouco resistente e extremamente comum.



Seria inimaginável ver uma ponte na vida real que fosse realmente feita de papel. Porém o artista Steve Messam não se intimidou e construiu uma ponte de papel, e o mais impressionante, sem usar cola!

O projeto foi executado no “Lake District National Park”, localizado no distrito de Cumbria, na Inglaterra. O desenvolvimento de toda a ponte demorou um total de 4 anos, desde o planejamento até a sua montagem. Na parte inicial foram feitos modelos de diversas escalas para que fossem realizados testes na estrutura, como ela se comportaria quando submetida ao peso dos pedestres e as ações do clima. Depois de concluídos os testes era hora de colocar o plano em prática. Primeiramente foram montados os gabiões (as gaiolas preenchidas com pedras) nas extremidades da ponte para suportar o papel, depois disso foi instalado um molde para suportar as folhas de papel enquanto o arco não estava completo, pois a estrutura ainda estaria instável. Então começaram e se colocar as 20,000 folhas de papel sobre o molde, colocadas em blocos de 1,000 folhas cada.


Assim que o arco ficou completo a forma foi retirada a forma de madeira e a estrutura ficou estável. O fenômeno que permite essa ponte de assumir essa configuração é a compressão entre os papéis, já que a ponte foi feita em formato de arco. As forças, tanto do peso próprio quanto das pessoas e animais, é transmitido entre as folhas de papel até os gabiões, e deles para o solo. 

O papel foi fabricado pela James Cropper, empresa especialista na confecção de papéis especiais. As folhas foram feitas para não soltar seu pigmento ou se despedaçarem no caso de chuva, tanto para que a ponte não colapsasse, e também para ao poluir o riacho.

A obra de arte ficou exposta para o público durante as datas de 8 e 18 de Maio. Após isso a ponte foi desmontada. O papel usado foi devolvido a James Cropper para que fosse reciclado e as pedras foram distribuídas ao longo do leito do rio, de onde foram retiradas.

Você pode aprender mais sobre a Ponte de Papel no video:









Fonte: http://www.stevemessam.co.uk/paperbridge/