segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Serviço do sistema de aluguel de bicicletas é suspenso em Curitiba



Um relatório deve ser entregue nesta segunda-feira (26) para a Urbanização de Curitiba (Urbs) sobre os seis meses de funcionamento da Bicicletaria.net, permissionária do sistema público de aluguel de bicicletas da capital paranaense. O serviço foi suspenso na sexta-feira (23) e ainda não tem uma data para voltar a funcionar. Os gestores querem mudanças nos termo de concessão e acreditam que é preciso automatizar o sistema.

“Vamos entregar um relatório para dar razões para o fechamento pedindo autorização para a suspensão temporária dos serviços, além de pedir alterações das condições do termo de permissão de uso nos espaços públicos. As alterações serão para automatizar o sistema mantendo o uso do espaço relacionado à atividade obrigatória, o compartilhamento de bicicletas", disse ao G1 um dos sócios da empresa, Rafael Milani Medeiros.



Até então, a empresa prestava outros dois serviços obrigatórios – o de estacionamento e o de manutenção. Porém, segundo Milani, esses dois últimos serviços não foram viáveis para a empresa. “Só o compartilhamento gerava interesse e demanda”, afirmou. Ele explicou que a Bicicletaria.net prestaria os outros dois serviços indiretamente, já que estaciona as bicicletas da frota e faz a manutenção periódica delas.

A empresa que, atualmente, não tem nenhum patrocionador e não recebe dinheiro público, está atrás de parcerias para o processo de automatização e para diminuir o custo da locação para os usuários.

“Houve um pico de uso e, por isso, a necessidade imediata de automatizar o sistema”. O objetivo é que, com a automatização do sistema, as estações de locação funcionem 24 horas por dia durante os sete dias da semana. No período de funcionamento do serviço de locação, foi observado, conforme Milani, que a maior parte das retiradas ocorreu nos fins de semana e feriados, 83%; já os outros dias da semana representavam 17% das retiradas. No total, 1.952 bicicletas foram retiradas da empresa – sendo 805 apenas aos domingos. “Temos uma frota de 21 bicicletas e duas estações [no Centro Cívico e no Jardim Botânico], com zero de investimento em publicidade. Tínhamos clientes cativos. A assiduidade aumenta na medida em que se reduz preço e se proponha planos de uso”.



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Projeto Piloto

O empresário relatou que nas mais de 300 cidades do mundo, em que o sistema de aluguel de bicicleta foi implantado, começou partir de um projeto piloto para verificar a demanda, assim como em Curitiba. Segundo ele, a maior dificuldade encontrada foi a falta de subsídio. “Não tem como ficar em pé sem subsídio, para que o usuário pague um preço muito atraente e esteja sempre aderindo e utilizando o serviço.” O custo do aluguel da bicicleta por uma hora custava R$ 5,00, mais o valor de R$ 15,00 para a taxa de inscrição.

“A ideia de pedalar na cidade está chegando às pessoas. Foi provada a demanda. O negócio é bom”, garantiu. Milani ainda contou que, ao longo dos seis meses de atuação da empresa, nenhuma bicicleta foi furtada. “Temos que concentrar no serviço de compartilhamento e na automatização, pois como estava funcionando limitava o horário de atendimento e os pontos para se retirar as bicicletas”.

Veja a reportagem completa no G1