Em 2002, o mecânico da cidade mineira de Uberaba, que fica a 475 km da capital Belo Horizonte, teve o seu próprio momento de ‘eureka’ quando encontrou a solução para iluminar a própria casa num dia de corte de energia. Para isso, ele utilizou nada mais do que garrafas plásticas pet com água e uma pequena quantidade de cloro. Nos últimos dois anos, sua ideia já alcançou diversas partes do mundo e deve atingir a marca de 1 milhão de casas utilizando a ‘luz engarrafada’.
“Adicione duas tampas de cloro à água da garrafa para evitar que ela se torne verde (por causa da proliferação de algas). Quanto mais limpa a garrafa, melhor”, explica Moser.
“Um engenheiro veio e mediu a luz. Isso depende de quão forte é o sol, mas é entre 40 e 60 watts”, afirma Moser.
Moser nunca pretendeu ficar rico com a sua inovação. Tenho recebido muitos comentários de leitores afirmando que a ideia deveria ser patenteada. Não acredito que uma invenção tão simples e com um propósito tão especial deva ser meio para obtenção de lucro. Na minha opinião, as pessoas, governos e fundações devem espalhar a “lâmpada de Moser” com o único propósito de levar uma melhor qualidade de vida para pessoas mais necessitadas. E, felizmente, isso já está acontecendo. A ideia chamou a atenção de Illac Angelo Diaz, diretor da Fundação MyShelter nas Filipinas.
A Fundação MyShelter sempre trabalhou para levar tecnologias alternativas para pessoas de baixa renda. Quando Illac tomou conhecimento da invenção de Moser, decidiu lançar a campanha “Litro de Luz” para levar a brilhante ideia do mecânico brasileiro para pessoas sem eletricidade. A campanha, desde então, levou luz a mais de 28 mil casas em Manila, nas Filipinas, e tem se expandido para países como Índia, Indonésia e Suíça, segundo o site da organização. A Fundação MyShelter espera atingir 1 milhão de casas até 2015.
Fontes: Engenhariaé e O Sensato