segunda-feira, 13 de junho de 2016

Você está seguro nos locais que frequenta?

É papel do engenheiro civil seguir as medidas de segurança formais exigidas pelo Corpo de Bombeiros no projeto e construção de edificações privadas ou públicas, visando maior segurança de circulação, abandono do local em casos emergenciais e preservação do meio ambiente.

Os planos de segurança dividem-se em dois, de acordo com o dimensionamento e utilidade do local. São eles: Plano de Segurança Simplificado (PSS) e Plano de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP).

Ambos os planos são projetados por arquitetos e/ou engenheiros e, basicamente, orientam projetos de obra na utilização de materiais, saídas de emergência, dimensionamento de portas e corredores, sinalizações e capacidade de público.

Plano de Segurança Simplificado é utilizado para edificações de pequeno porte visando a celeridade no licenciamento. Já locais de reunião pública, serviços de saúde, institucionais, indústrias e depósitos de materiais explosivos são englobados pelo PSCPI.

A vistoria pelo Corpo de Bombeiros é essencial para garantia da Segurança Passiva (medidas de segurança contra incêndio que não dependem de ação inicial para o seu funcionamento) e da Segurança Ativa (medidas de segurança contra incêndio que dependem de uma ação inicial para o seu funcionamento, seja ela manual ou automática). Também é verificada a possibilidade de uma primeira atuação no caso de sinistro (ocorrência de prejuízo ou dano causado por acidente, explosão, entre outros).

Para que o local receba o alvará de funcionamento expedido pela Prefeitura Municipal, devem ser obedecidas todas as exigências contidas na cartilha do Corpo de Bombeiros de acordo com as categorias de cada edificação. Dentre elas, estão:
  • Todos os pavimentos da edificação deverão obrigatoriamente ter acesso sinalizado às saídas de emergência e/ou meios de abandono;
  • Nas salas com capacidade de público superior a 200 pessoas, as portas de comunicação com os acessos, escadas e descar­ga devem ser dotadas de ferragem tipo anti-pânico;
  • A capacidade de público das edificações é proporcional à lar­gura das saídas;
  • As rotas de saída deverão sempre possuir iluminação de emer­gência, mesmo no caso de edificações com uso unicamente durante o dia;
  • Deve haver extintores a menos de 5 metros da entrada principal, com a quantidade (em litros) indicada e com o material apropriado, de acordo com o tipo de material utilizado na obra;

A imagem abaixo retrata a sequência de fatores que colaboraram para o início do incêndio, bem como a proporção tomada devido à falta de sinalização e erro na projeção da saída de emergência. 





Entre outros pontos necessários para o engenheiro civil considerar, estão:

  • Proteção do conteúdo e a estrutura do edifício;
  • Minimização dos danos materiais de um incêndio;
  • Dimensionamento da compartimentação interna, do distanciamento entre edifícios e da resistência ao fogo dos elementos de compartimentação;
  • Dimensionamento da proteção e da resistência ao fogo da estrutura do edifício;
  • Dimensionamento de sistemas de detecção e alarme de incêndio e/ou de sistemas de chuveiros automáticos de extinção de incêndio e/ou equipamentos manuais para combate;
  • Dimensionamento das rotas de escape e dos dispositivos para controle do movimento da fumaça;
  • Controle da quantidade de materiais combustíveis incorporados aos elementos construtivos;
  • Controle da reação de fogo dos materiais utlizados como revestimento de elementos construtivos, evitando sua contribuição para o desenvolvimento da combustão;
  • A propagação de chamas no forro posicionado nas proximidades das janelas, em relação ao forro afastado, é fator acentuadamente mais crítico para a transferência do incêndio entre pavimentos, pois além de sua eventual contribuição para a emissão de chamas para o exterior, estará mais exposto (quando o incêndio se desenvolver em um pavimento inferior) a gases quentes e chamas emitidas através das janelas inferiores;
  • Evitar proximidade entre elementos construtivos das fachadas de edifícios vizinhos pois facilitam a propagação do incêndio;
  • A distância máxima a percorrer consiste no caminhamento entre o ponto mais distante de um pavimento até o acesso a uma saída neste mesmo pavimento;
  • O número previsto de pessoas que deverão usar as escadas e rotas de fuga horizontais é baseado na lotação da edificação, calculada em função das áreas dos pavimentos e do tipo de ocupação;
  • As escadas de segurança devem ser construídas com materiais incombustíveis, bem como os materiais de revestimento.




Você já se perguntou se está seguro nos locais que frequenta? É importante sempre localizar as saídas de emergência e os extintores, principalmente para evitar o pânico e a criação de fluxos desordenados de abandono do local, fator primordial para progressão do caos. É extremamente indispensável que o engenheiro estude os Planos de Segurança para maior precaução de incêndios e outros acidentes. Saiba mais sobre a Cartilha de orientações gerais  e as outras exigências verificadas nas vistorias.