Localizado no município de Seropédica, a cerca de 60 km do centro do Rio, o projeto é uma pareceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio (Pesagro-Rio).
Nos cinco dias de visitação, durante a Rio+20, um ônibus será disponibilizado pelo Ministério da Agricultura para levar os visitantes ao projeto. Para se inscrever, os interessados devem enviar e-mail para riomais20@cnpab.embrapa.br com as seguintes informações: nome, profissão, instituição a que está ligado e telefone. Outras informações podem ser obtidas no número (21) 3441-1538.
De acordo com Ednaldo Araújo, pesquisador da Embrapa e membro do Comitê Gestor da Fazendinha, a iniciativa é inovadora porque além de viabilizar o desenvolvimento científico de práticas orgânicas na lavoura e na pecuária de forma integrada, também proporciona a transferência de tecnologia.
"Não se trata de um campo experimental comum, porque aqui há todo um sistema integrado em funcionamento, e não apenas um experimento isolado. Na fazendinha, os visitantes podem ver como é feito o manejo dos bovinos de acordo com a legislação de agricultura orgânica e a produção intensiva de hortaliças, baseada na diversificação e no manejo sustentável, com informações inclusive sobre todos os custos de produção", explicou.
O pesquisador ressaltou que, pela integração entre lavoura e pecuária, o rebanho produz leite orgânico e as fezes geradas são utilizadas na compostagem, que fornece substratos para produção de mudas empregadas no cultivo das hortaliças. "Além disso, apresentaremos aos visitantes a tecnologia de fixação biológica de nitrogênio, que é um nutriente essencial ao desenvolvimento das plantas. A obtenção pelo sistema convencional é feita por meio de fonte sintética, que utiliza combustível fóssil para a sua fabricação. Na agricultura orgânica, usamos uma bactéria que é capaz de retirar o nitrogênio presente no ar", explicou.
Os visitantes também terão acesso ao uso de energia renovável para irrigação na propriedade, que conta com painel de energia solar e cata-vento para geração de energia eólica.
A Fazendinha Agroecológica Km 47, em funcionamento desde 1993, ocupa área de 60 hectares e recebe 1,2 mil visitas por ano. No local, são oferecidos treinamentos e capacitação em ciências agrárias a estudantes, professores, pesquisadores e agricultores do Brasil e de outros países.