quinta-feira, 12 de abril de 2012

Norma que regulamenta parede de concreto moldada in-loco deve aquecer mercado




A aprovação da norma que regulamenta a parede de concreto em edificações, anunciada no último dia 29 de fevereiro, deve aquecer o mercado da construção civil. Elaborada pela Comissão de Estudo de Parede de Concreto (CE-02:123.05) do Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB-02), a norma tem como objetivo facilitar a utilização dessa tecnologia e aborda requisitos gerais para qualidade da parede, critérios de projeto, propriedade de materiais, limites para dimensões, deslocamentos e aberturas de fissuras, análise estrutural, dimensionamento e os procedimentos para a fabricação da parede.

De acordo com Edenilson Rivabene, gerente de planejamento da Metro Modular, a falta de uma norma que regulamentasse o uso do concreto diminuía consideravelmente o potencial deste mercado. “As paredes de concreto são resistentes tanto quantos as de tijolo, e o seu uso reduz o tempo de execução e os custos da obra. Por isso a norma torna-se um divisor de águas para o setor”, comenta.


A existência da norma abre o mercado de construção de casas e edifícios com paredes de concreto, antes restrito a um pequeno número de construtoras. “Antes da aprovação, havia uma série de exigências que tornavam este tipo de construção mais cara. As construtoras tinham que obter um Documento de Avaliação Técnica (DATEC), um processo demorado que, muitas vezes, inviabilizava o uso deste sistema pelas construtoras”, comenta Rivabene.

Para a Metro Modular, especializada na fabricação de formas plásticas para paredes de concreto, a expectativa é de aumento nos negócios. “Grande parte das nossas negociações esbarravam na falta de uma norma que regulamentasse este sistema. Agora, com um maior número de construtoras utilizando este sistema, nossa expectativa é de crescimento”, finaliza.

Ele explica que a norma se aplica somente às paredes submetidas à carga axial, com ou sem flexão, que são concretadas com todos os elementos que farão parte da construção final (detalhes de fachada, armaduras distribuídas e localizadas e instalações elétricas e hidráulicas). Outro ponto destacado pelo gerente da Metro Modular é que, além de ampliar o mercado, a norma traz mais segurança às construções deste tipo. "O uso do sistema vai ser mais explorado, mas de forma controlada, garantindo a segurança das edificações", afirma.

Por fim, ele considera que as construtoras que utilizarem deste sistema estarão à frente das outras. “Elas serão mais competitivas, uma vez que o sistema proporciona velocidade na execução da obra e redução de custos, o que pode acabar refletindo positivamente no bolso do consumidor final”, finaliza Rivabene.