A destinação dos RCD está ganhando foco nos últimos dias, principalmente por causa do descarte incorreto. Segundo dados da associação, esse tipo de material corresponde de 40 a 70% de todos os resíduos sólidos produzidos nas cidades brasileiras. Além disso, metade destas ainda encaminham os resíduos para lixões, ao invés de aproveitá-los em aplicações não estruturais em obras, como aterros, pavimentação, fabricação de blocos de vedação e artefatos de concreto, entre outros. Assim, garante-se um finalidade sustentável e de baixo custo para o material que seria inutilizado.
Demolição de prédio
A maioria dos resíduos gerados numa obra é de alvenaria ou concreto, materiais passíveis de serem reciclados para utilização na própria obra onde são gerados, ou então encaminhados a usinas de reciclagem, a fim de serem transformados em agregado reciclado. Fomentar essas ações é o principal foco da ABRECON, que procura incentivar alternativas frente aos aterros e lixões, além da redução do consumo de recursos naturais oriundos de pedreiras e portos de areia.
Agregado reciclado
Usina de reciclagem de entulho fixa
Entre os principais conclusões do relatório, destacam-se:
- O setor brasileiro de reciclagem de resíduos da construção e demolição é constituído por 310 usinas, sendo que 84% das usinas são privadas e possui em média entre 5 e 20 funcionários;
- A reciclagem desse material subiu 2% nos últimos dois anos, saltando de 19% para 21%;
- A capacidade máxima de produção das usinas é de 38 milhões de metros cúbicos por ano. Na prática, são reciclados apenas 17 milhões de metros cúbicos, o que corresponde à 45% da capacidade total;
- O estado de São Paulo concentra 54% das usinas instaladas no país. Na sequência vêm os estados do Rio de Janeiro e do Paraná, cada um com 7% das recicladoras.
- Entre os principais mercados consumidores de material agregado reciclado estão o de pavimentação e saneamento, na maioria das vezes lideradas pelo setor público.
Fonte: Brasil Engenharia