Em parceria com o Grupo de Estudos em Geotecnia (GEGEO), o PET Civil
está desenvolvendo uma pesquisa que procura maneiras de solucionar problemas de
estabilização e contenção em taludes nas vias ferroviárias da RUMO Logística,
antiga América Latina Logística (ALL).
A oportunidade da pesquisa surgiu logo após o rompimento do II Desafio
de Taludes que aconteceu no primeiro semestre de 2017. O PET e o GEGEO
consideraram que a pesquisa agregaria no conhecimento e desenvolvimento de
todos os envolvidos, sendo assim o grupo aderiu a pesquisa como um projeto
oficial do PET e, desde agosto de 2017 estamos trabalhando para melhor
desenvolvimento da pesquisa.
A pesquisa consiste em descrever métodos de engenharia geotécnica
tradicional e natural para estabilização, contenção, operações anti-erosivas e
consolidação de taludes existentes ou que surgirão ao entorno das vias férreas
da RUMO. A pesquisa foi dividida entre ambos os grupos e o PET está responsável
pela Engenharia Natural.
FIGURA 1 - Talude usando Grade Viva, técnica de Engenharia Natural
A Engenharia Natural é a área da Engenharia Civil que estuda técnicas de
estabilização de taludes com a utilização de materiais vivos. As técnicas
utilizadas são basicamente a combinação de materiais vivos (vegetação) e
materiais inertes (trocos de árvores, geotêxteis, pedras e estruturas
metálicas). No Brasil a área é pouca conhecida e utilizada, mas com os anos vem
ganhando espaço dentro das universidade e obras. Já na Europa a bioengenharia,
como era chamada antes, é utilizada a anos. As técnicas de Engenharia Natural
para as obras em taludes são alternativas que não agridem o ambiente, pois se
tratam de métodos em que a natureza é o agente primordial para a consolidação
da obra.
Algumas das técnicas apresentadas no manual estão representados nas
figuras abaixo:
FIGURA 2 - Método das Banquetas Vegetadas
FIGURA 3 - Método das Canaletas Vegetadas
FIGURA 4 - Método do Cinto Basal Simples
O produto final do projeto será o manual composto pelo compilado de
todas as técnicas, tradicionais e naturais, de contenções, e terá como objetivo
de auxiliar na escolha da melhor técnica possível para uma determinada obra,
sendo ainda assim necessária uma análise dimensional sobre tal.
Aconteceu
no dia 09/11 (quinta-feira) a sétima edição da Competição de Pontes de Papel. Além das equipes participantes, o evento contou com a presença de muitos alunos da graduação e professores. Foram 5 equipes participantes, sendo 4 da UFPR e 1 da FACEAR.
Balança mas não cai - O retorno (FACEAR)
Integrantes: Evandro de Mesquita Silva, Robson Nakamura, Leandro Mendonça, Geancarlo Ribas e Diego Boszczowski.
Flamba o nem (UFPR)
Integrantes: Otávio Wogel, Marcelo Sefrin, Lucas Zorzan, Maria Clara Suguinoshita e Gabriel Mocellin Neto.
Ponte da Vingança (UFPR)
Integrantes: Ana Caroline Obana, Bruno Cougo Kowalczuk, Isabela Purckote Scorsin, João Maurício Fernandes e Luan Kleber.
Subarashi Bridge (UFPR)
Integrantes: Luis Filipe Wachpolz, Anna Favia Ciriaco, Jhony Misawa, Victor de Souza e José Maurício Mendonça.
Trollbridge (UFPR)
Integrantes: Leonardo Azolin, Julio Cesar Przybysz, Leonardo Basso, Leandro Castelani e Matheus Yago Luckner.
O evento começou com uma apresentação da Have It, empresa patrocinadora da competição, sobre os cursos relacionados à engenharia civil que ofertam.
Seguiu com a apresentação e explicação da nova logo do PET Engenharia Civil, por Dayane Miranda, ex-petiana, e Lorena Sánchez, petiana.
Antes de começar o rompimento, houve sorteio de duas canecas para o público. Os ganhadores foram Fábio Penkal e Rodolfo Augusto. A caneca contava com o tema da CPPVII e a nova logo do PET Engenharia Civil UFPR.
David Borba, cerimonialista do evento, com os dois sorteados.
A primeiraponte foi a Balança mas não cai, que conseguiu estabilizar com 10,9kg mas logo rompeu.
A segunda ponte foi a Subarashi Bridge, uma ponte em arco feita por alunos do primeiro ano, que aguentou 15,31kg.
Este ano, professores da área de Estruturas foram convidados para comentar o rompimento das pontes e dar uma breve explicação do por que delas terem rompido. Os professores que compareceram foram Mauro Lacerda, Raphael Scuciato, Amanda Jarek, Elvidio Gavassoni e Ricardo Pieralisi.
A terceira ponte foi a Trollbridge, que rompeu assim que o balde de 10,9kg foi solto.
A quarta ponte foi a Flamba o nem que, igualmente à ponte anterior, rompeu assim que o balde foi solto.
Por último, a Ponte da Vingança foi rompida, aguentando um peso total de 11,84kg.
Após os rompimentos, foram feitas as avaliações das pontes e a classificação final foi a seguinte:
O grupo PET Engenharia Civil parabeniza aos ganhadores!
1º Lugar: Balança mas não cai - O retorno 5 cursos de AutoCAD/Revit na Have It 5 livros da Livrarias Curitiba 5 canecas da CPPVII
2 º Lugar: Subarashi Bridge 5 cursos (escolhidos entre AutoCAD, Revit, AutoCAD recursos avançados, 2 Excel Básico, 2 Excel Avançado e 2 MS Project na TKS) 5 canecas da CPPVII
3º Lugar: Ponte da Vingança 5 cursos Render
Os prêmios dados ao primeiros lugares da Competição de Pontes de Papel foram oferecidos pelos nossos patrocinadores:
O grupo PET Engenharia Civil agradece imensamente a presença de todos os alunos, professores e patrocinadores.
Damos um agradecimento especial aos nossos colegas do PET Elétrica por gravarem o evento e à UFPR TV por fazer uma matéria sobre a Competição de Pontes de Papel VII. Segue o vídeo da matéria abaixo:
Pontes pênseis oscilantes sempre
foram o terror de qualquer pessoa com medo de altura (principalmente se algum
“amigo” estivesse do outro lado), mas, se a sensação de passar por essas pontes
com apenas alguns metros de comprimento já era suficientemente desesperadora,
imagine então cruzar uma ponte pênsil de 1600 metros de extensão e com
incríveis 2 a 5 metros de oscilação!! Esta era a realidade de moradores e
turistas com destino à Tacoma, cidade localizada no estado de Washington, nos
EUA.
Ponte de Tacoma
Narrows (1940)
Com um orçamento inicial de
US$11 milhões a ponte de Tacoma Narrows teve sua fase de projetos iniciada em 1928,
utilizando inúmeras estruturas triangulares. Entretanto, a viabilidade
econômica do projeto não foi agradável aos ouvidos do departamento americano
responsável pela construção da ponte, que solicitou uma revisão de projeto,
resultando em um novo projeto orçado em apenas US$ 7 milhões, porém dessa vez
utilizando outro método.
O
PROJETO
O novo projeto utilizava um
método avançado e que já havia sido testado em diversas obras de pequeno porte,
se comparado aos 1,6 Quilômetros do estreito entre Gigharbor e Tacoma. A ponte
pênsil contaria com dois pilares assistidos por duas vigas simples retilíneas e
paralelas entre si, dando assim, a vantagem econômica para vencer o orçamento e
ao mesmo tempo a grande distância do estreito.
Projeto
Estrutural da Ponte de Tacoma Narrows
Apesar de mais frágil do que a
estrutura anteriormente planejada, a ponte estava apta a suportar grandes
cargas estáveis, dinâmicas e permanentes. Entretanto, uma variável crucial foi
deixada de lado na fase de projetos, as peculiaridades atmosféricas do
estreito, ou seja, a grande regularidade e intensidade de ventos na região.
Mesmo assim, as obras foram iniciadas em 1938.
Ainda durante a construção da
então carinhosamente apelidada Galloping
Gertie (hit de sucesso na época cujo nome fazia alusão às “galopagens” da
ponte), as consequências desta falha de projeto foram logo observadas por
engenheiros, técnicos e trabalhadores. Basicamente, com ventos acima de 7km/h a
estrutura vibrava, sempre verticalmente, gerando de 0 a 8 nós entre os pilares.
Devido a esse fato, desde sua conclusão até sua ruptura (ambos em 1940) a obra
de Tacoma Narrows foi fortemente estudada e analisada, gerando importantes avanços
nas áreas de Ressonância, Aerodinâmica de Estruturas e Efeitos Não-lineares e,
mais importante ainda, evitando futuros erros de engenharia tais quais os
cometidos.
A
RUPTURA
O colapso se deu no dia 7 de
novembro de 1940, aonde, segundo o departamento responsável pela ponte
registrou ventos de aproximadamente 70 km/h e também toda a cronologia dos
acontecimentos referente às oscilações.
·As oscilações foram primeiramente observadas na
madrugada do dia 7 de novembro, já atingindo variações de 2 a 5 metros de
altura, a ponte começa então a ser evacuada.
·Por volta de 9:50, todos os carros tinham sido
evacuados com segurança do local.
·Às 10:03 a deflexão nos pilares atinge mais de
10 vezes o previsto em projeto.
·Às 11:02 cai um trecho de 600 metros arrancando
cabos e comprometendo definitivamente a estrutura.
·Às 11:10 toda a estrutura já se encontrava
submersa na enseada de Pudget Sound.
Por fim, não houveram vítimas
fatais no incidente, com exceção de um pobre cachorrinho pertencente à um dos
repórteres que estava no local. Força totó!!
Discriminação
tem por significado ao pé da letra separar, segregar, pôr a parte. É uma prática que se faz presente na
humanidade desde seus primórdios e em alguns momentos é embasada pelas próprias
leis, sendo guiada por três vertentes psicológicas: o estigma, estereótipo e o
preconceito.
Dando
enfoque à discriminação de gênero no mercado de trabalho, as mulheres são
vítimas de tais atitudes, pois independente do posto do trabalho, recebem uma
remuneração inferior à dos homens, ainda que tenham o mesmo vínculo de
trabalho, trabalhem o mesmo número de horas e possuam o mesmo grau de
instrução. Um outro aspecto seria a baixa quantidade do sexo feminino nos
cargos de chefia, além de ser o primeiro selecionado para demissões. Mesmo com
o aumento das mulheres nas profissões que ainda eram preferencialmente do
gênero masculino, como as engenharias, no mercado de trabalho o diploma não é
visto de maneira equivalente para homens e mulheres.
O ingresso na Universidade
Segundo
o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira)
o número de mulheres que ingressam no ensino superior supera o de homens, no
entanto, os números despencam quando consideramos apenas os cursos relacionados
a ciências e a engenharia, sendo o desiquilíbrio na engenharia maior ainda: dos
81.194 estudantes que se formaram em 2015 no país, 29,3% são do sexo feminino e
70,7%, do masculino.
A discriminação na Engenharia
Você
sabia que em 2014 as mulheres representavam apenas 14% dos profissionais
registrados no Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
(Confea/Crea)?
Desde
o dia 08 de março de 1857, o dia em que mais de 100 mulheres foram mortas por
lutarem pelo reconhecimento e um tratamento decente em seus trabalhos, a luta
não parou.
Por
muitos anos a Engenharia foi associada à uma profissão para homens e até a
virada do século XXI, a presença das mulheres na construção civil estava mais
associada aos espaços de limpeza após a conclusão das obras. Esse cenário mudou
ao longo dos anos, permitindo às mulheres assumirem funções que antes eram
dominadas pelos homens.
A
desigualdade salarial ainda é notável, por exemplo, no site da FIPE (Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas) nota-se que a média salarial das engenheiras
no Brasil é 14% menor quando comparado aos homens, por mais que a legislação
brasileira proíba na Constituição Federal de 1988 a diferença salarial e a
discriminação trabalhista relacionada ao sexo, idade, cor, credo ou estado civil.
Lutar para mudar
Precisamos
valorizar o trabalho feito independente do gênero, valorizar o “fazer” e o
esforço. É uma vontade com o intuito maior de querer provar que as mulheres
podem sim exercer as mesmas profissões que os homens (e sim, nós podemos!), é
uma questão de descobrir como o mundo funciona e agir em prol de melhorá-lo,
uma questão de querer ser engenheira, com todas as atribuições e conhecimentos
da profissão que amamos.
Entre os dias 23 e 30 de julho de 2017 ocorreu o XXII Encontro Nacional dos Grupos PET em Brasília, DF. O Encontro, comumente chamado de ENAPET (ou ENA, para os mais íntimos) ocorre anualmente, sendo sua sede decidida no evento anterior. Dentre as diversas atividades realizadas pelos grupos PET, os eventos do programa destacam-se pela sua grande importância e poder multiplicador. Eles oferece uma enorme oportunidade de integração, compartilhamento de experiências e aprendizados interpessoais entre os grupos, além de possuir espaços deliberativos.
O evento foi sediado na Universidade de Brasília, que abriu suas portas para mais de 1000 petianos de todas as regiões do país, entre eles integrantes discentes, tutores e petianos egressos, e nós tivemos a oportunidade de estar presentes com 10 petianos! Com o tema Responsabilidade PETiana: Os incomodados é que mudam, os presentes foram desafiados a refletir sobre as ações que tomamos e como elas afetam a nossa graduação, o Programa e a conjuntura do ensino superior nacional.
Dividindo o evento entre seus momentos chave, temos:
Diálogo PETiano
Quase diariamente foram realizados espaços de diálogo entre personalidades do Programa, com o objetivo de trazer à pauta assuntos relevantes, além de histórias e aprendizados adquiridos por PETianos mais experientes. Entre os assuntos abordados estavam a conjuntura atual do ensino superior brasileiro, a influência do Programa na vida dos egressos e a trajetória da mobilização dos grupos PET (abordada em mais detalhes abaixo).
Os integrantes David e Marcelo (à esquerda) participando do Diálogo PETiano
Apresentações de Trabalhos
Parte essencial dos eventos PET é a oportunidade dos grupos divulgarem suas atividades de ensino, pesquisa e extensão para a comunidade acadêmica do Programa. O evento contou com centenas de trabalhos submetidos na modalidade resumo expandido, e nós tivemos a honra de escrever e apresentar dois deles (que você pode conferir clicando nesse link!). Na manhã do dia 28/07, a PETiana Fernanda Goes apresentou no eixo de Responsabilidade Administrativa o trabalho sobre a ferramenta organizacional Podio. No período da tarde, os PETianos Marcelo Sefrin e Rodrigo Otávio de Oliveira apresentaram no eixo de Responsabilidade Educativa sobre o I Festival do Minuto, realizado em 2016. Você pode saber mais sobre a plataforma Podio e sobre o I Festival do Minuto conferindo os trabalhos submetidos nesse link!
MobilizaPET
Fato pouco conhecido pela população geral, mas em 1999 o PET foi extinto por decreto do Ministério da Educação. Mesmo assim, os grupos continuaram realizando suas atividades e após um período de diversas manifestações (entre elas o PET na Praça da UFPR, projeto interPETs que deu origem a atual Feira de Cursos e Profissões), o Programa retornou protegido por Lei federal. Mesmo assim, com a conjuntura atual do ensino público brasileiro, o PET tem que sempre buscar maior visibilidade para que possamos continuar contribuindo para uma formação diferenciada e uma graduação de qualidade. Afinal, somos 842 grupos PET no país, ou seja, aproximadamente 11.000 pessoas afetadas diretamente pelo programa, e quem pode dizer quantas outras são afetadas pelas atividades desenvolvidas.
Enfim, o MobilizaPET surgiu com a demanda por união e visibilidade, e este ano tivemos a possibilidade de mostrar nossa força diretamente na frente do Ministério da Educação! Foi uma tarde extremamente positiva e pacífica, em clima de integração e fortalecimento dos laços entre os grupo em prol de um único objetivo em comum: a elevação da qualidade da formação dos estudantes. Confira abaixo:
Como mencionado anteriormente, nos eventos PET ocorrem espaços de discussões e trabalhos sobre as pautas do Programa, suas demandas e propostas de solução. No XXII ENAPET foram três momentos:
Encontro de Discentes e Tutores: Em reuniões separadas, os discentes e tutores do PET levantaram demandas que surgiram nos eventos regionais, além da elaboração de uma carta aberta à Secretaria de Educação Superior sobre a situação atual do Programa.
Grupos de Discussão e Trabalho: Esse ano foram organizados 18 GDTs, com os mais diversos temas relacionados ao nosso dia-a-dia, como a tríade ensino, pesquisa e extensão, nossas legislações vigentes, diversidades e atividades interPETs. Este último, inclusive, contou com dois PETianos da UFPR na mesa coordenadora! Dos grupos, então, saíram diversos encaminhamentos e sugestões, para aprovação em assembleia.
Assembleia Geral: Momento final de todos os eventos, a assembleia existe para a apreciação e deliberação de tudo que foi produzido nos encontros e grupos de trabalho. Após 18h de discussões, esta se encerrou deixando como produto final uma série de encaminhamentos que, nos próximos meses, podem trazer mudanças positivas ao Programa.