No final de 2012 ocorreu, em São Paulo, o lançamento de um livro dos professores de Geotecnia da UFPR e da USP. O lançamento em Curitiba está previsto para esse ano.
Segue a notícia retirada do site da ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica):
Diversas palestras e debates enriqueceram a programação. Para o geólogo Marcelo Denser Monteiro (foto),
que trabalha no Metrô de São Paulo e é um dos autores do capítulo que
aborda a geologia da Grande São Paulo, o livro vem também para atualizar
o conhecimento geotécnico sobre a cidade. “O último livro que abordou
os solos de São Paulo foi feito há 20 anos”, comenta Marcelo. “Essa
publicação veio principalmente para sintetizar e atualizar dados, o que
já a torna muito importante para o meio”.
São Paulo e Curitiba: semelhanças e diferenças
A escolha para o nome do livro não foi por acaso. As cidades de São Paulo e Curitiba são conhecidas por apresentarem aspectos semelhantes em suas condições geológicas e geotécnicas. “Isso se deve ao fato de que os territórios dessas cidades nasceram de um processo geológico parecido”, explica o geólogo e professor de Geologia Eduardo Salamuni (foto à esquerda), da Universidade Federal do Paraná, um dos autores convidados para falar sobre a geologia da cidade de Curitiba.
No entanto, embora Curitiba e São Paulo apresentem semelhanças na gênese
de sua geologia também apresentam algumas diferenças significativas. “A
principal diferença entre uma cidade e outra é a profundidade de suas
bacias sedimentares”, conta o geólogo Luiz Ferreira Vaz (foto à direita),
que ministrou a palestra “Contexto Geológico em São Paulo e Curitiba”.
“São Paulo têm até 300 metros de espessura de sedimentos em sua bacia,
enquanto Paraná tem apenas 80 metros”.
Engenharia e Meio Ambiente
“Uma área contaminada por substâncias tóxicas pode trazer riscos à
saúde dos ocupantes e dos profissionais que trabalham em obras e
escavações”, explica a engenheira civil Vivian Leme Sanches (foto à esquerda),
palestrante e uma das autoras do capítulo sobre o assunto. “É um dos
temas que na última edição sobre os solos de São Paulo não foi abordado e
que hoje é essencial que seja discutido.”
Segundo a autora Maria Eugênia Boscov (foto à direita),
engenheira civil e professora do curso Obras de Terra e Geotecnia
Ambiental da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, o capítulo
desenvolvido por ela e outros especialistas sobre aterros sanitários e
aterros de resíduos de construção e demolição é uma maneira de expor à
comunidade geotécnica a necessidade de mais estudos ambientais. “A
Geotecnia poderia contribuir muito com estudos para a área ambiental, o
que hoje não acontece da maneira como se gostaria”, diz a especialista.
“É uma forma de chamarmos a atenção dos geotécnicos para essa nova área
de atuação.”
A palavra do presidente
Ao final de todas as apresentações, o presidente da ABMS, Arsenio
Negro, comentou o sucesso do evento e destacou a contribuição de todos
os palestrantes e a importância das discussões ao longo dos dois dias do
evento.
O evento de pré-lançamento do livro Twin Cities foi o último do ano
de 2012 e também o último de Arsenio Negro como presidente da ABMS. A
participação de todos os presentes e envolvidos foi essencial para que o
resultado fosse positivo e o ano fosse fechado com sucesso.
Patrocínio
A ABMS agradece também as empresas Bureau de Projetos, Huesker,
Fundesp, Odebrecht Infraestrutura, Brasfond, Engeos, Maccaferri, Geodata
Geoengenharia, Dýnamis Engenharia Geotécnica, Geofix Fundações, Fugro
In Situ Geotecnia, Geotech Geotecnia Ambiental e Zaclis Falconi pela
parceira e patrocínio, essenciais para a realização do evento.