segunda-feira, 28 de março de 2011

Árvores que caíram podem ajudar na reconstrução das cidades no litoral


Madeira pode gerar renda para cidades atingidas pela chuva no Paraná.

Instituto Ambiental vai acompanhar remoção de troncos de árvores.

Madeira pode gerar renda para cidades atingidas pela chuva no Paraná.

Instituto Ambiental vai acompanhar remoção de troncos de árvores.

Em entrevista ao G1 o presidente do IAP, Luíz Tacísio Mossato Pinto, relatou que os deslizamentos não foram apenas em morro desmatados e isso intensificou os estragos porque o fenômeno ganha mais forma quando atinge as casas.
A ideia, segundo Pinto, é que uma entidade social ou as prefeituras assuma a responsabilidade de gerenciar a madeira. “O transporte deste material deve ser feito por veículo público”, complementou o presidente. Caso contrário, a placa do automóvel deve ser passada para o IAP, que vai fiscalizar as rodovias. Normalmente, a licença ambiental para venda de madeiraé concedida apenas para aqueles que são proprietários do terreno de onde o material foi extraído.

Os danos ambientais provocados pelas chuvas estão sendo avaliado por equipes da Minerais do Paraná (Mineropar) e do Centro de Apoio Cientifico em Desastres (Cenacid) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). De acordo com o coordenador do Cenacid, professor Renato Lima, o desastre gerou diferentes consequenciais ambientais como aletração no percurso dos rios, encostas que mudaram de lugar e planície de inundação, espaço utilizado pela agricultura, que ficou cerca de quatro metros acima do que era antes das chuvas.

Destroços

O professor Lima chamou atenção para outros resíduos como os da construção civil e equipamentos eletrônicos que, normalmente, são esquecidos. “Nós orientamos as pessoas para evitar jogar no rio”, disse Renato Lima. Ele explicou que este material no rio, caso haja outra chuva da mesma intensidade, ou até em menor escala, pode provocar enchentes e enxurradas ainda mais fortes e rápidas.

Chuvas no Paraná

No último fim de semana, a Baía de Guaratuba, no litoral do Paraná, foi atingida por fortes chuvas que causaram enxurradas, alagamentos e desmoronamentos de terra. Em algumas cidades, as estruturas urbanas ficaram danificadas, inclusive, o abastecimento de água foi interrompido. As cidades mais atingidas foram Antonina, com duas mortes, e Morretes onde uma pessoa morreu. O número de desabrigados nas cidades passa de dois mil e as pessoas foram encaminhadas para abrigos improvisados pelas prefeituras. Nas cidades de Morretes e Antonina foi decreto estado de calamidade pública e, em Paranaguá, situação de emergência.

Fonte: Bibiana Dionísio
Do G1 PR