Ponte de Tacoma Narrows durante a oscilação.
Pontes pênseis oscilantes sempre
foram o terror de qualquer pessoa com medo de altura (principalmente se algum
“amigo” estivesse do outro lado), mas, se a sensação de passar por essas pontes
com apenas alguns metros de comprimento já era suficientemente desesperadora,
imagine então cruzar uma ponte pênsil de 1600 metros de extensão e com
incríveis 2 a 5 metros de oscilação!! Esta era a realidade de moradores e
turistas com destino à Tacoma, cidade localizada no estado de Washington, nos
EUA.
Ponte de Tacoma
Narrows (1940)
Com um orçamento inicial de
US$11 milhões a ponte de Tacoma Narrows teve sua fase de projetos iniciada em 1928,
utilizando inúmeras estruturas triangulares. Entretanto, a viabilidade
econômica do projeto não foi agradável aos ouvidos do departamento americano
responsável pela construção da ponte, que solicitou uma revisão de projeto,
resultando em um novo projeto orçado em apenas US$ 7 milhões, porém dessa vez
utilizando outro método.
O
PROJETO
O novo projeto utilizava um
método avançado e que já havia sido testado em diversas obras de pequeno porte,
se comparado aos 1,6 Quilômetros do estreito entre Gigharbor e Tacoma. A ponte
pênsil contaria com dois pilares assistidos por duas vigas simples retilíneas e
paralelas entre si, dando assim, a vantagem econômica para vencer o orçamento e
ao mesmo tempo a grande distância do estreito.
Projeto
Estrutural da Ponte de Tacoma Narrows
Apesar de mais frágil do que a
estrutura anteriormente planejada, a ponte estava apta a suportar grandes
cargas estáveis, dinâmicas e permanentes. Entretanto, uma variável crucial foi
deixada de lado na fase de projetos, as peculiaridades atmosféricas do
estreito, ou seja, a grande regularidade e intensidade de ventos na região.
Mesmo assim, as obras foram iniciadas em 1938.
Ainda durante a construção da
então carinhosamente apelidada Galloping
Gertie (hit de sucesso na época cujo nome fazia alusão às “galopagens” da
ponte), as consequências desta falha de projeto foram logo observadas por
engenheiros, técnicos e trabalhadores. Basicamente, com ventos acima de 7km/h a
estrutura vibrava, sempre verticalmente, gerando de 0 a 8 nós entre os pilares.
Devido a esse fato, desde sua conclusão até sua ruptura (ambos em 1940) a obra
de Tacoma Narrows foi fortemente estudada e analisada, gerando importantes avanços
nas áreas de Ressonância, Aerodinâmica de Estruturas e Efeitos Não-lineares e,
mais importante ainda, evitando futuros erros de engenharia tais quais os
cometidos.
A
RUPTURA
O colapso se deu no dia 7 de
novembro de 1940, aonde, segundo o departamento responsável pela ponte
registrou ventos de aproximadamente 70 km/h e também toda a cronologia dos
acontecimentos referente às oscilações.
·
As oscilações foram primeiramente observadas na
madrugada do dia 7 de novembro, já atingindo variações de 2 a 5 metros de
altura, a ponte começa então a ser evacuada.
·
Por volta de 9:50, todos os carros tinham sido
evacuados com segurança do local.
·
Às 10:03 a deflexão nos pilares atinge mais de
10 vezes o previsto em projeto.
·
Às 11:02 cai um trecho de 600 metros arrancando
cabos e comprometendo definitivamente a estrutura.
·
Às 11:10 toda a estrutura já se encontrava
submersa na enseada de Pudget Sound.
Por fim, não houveram vítimas
fatais no incidente, com exceção de um pobre cachorrinho pertencente à um dos
repórteres que estava no local. Força totó!!
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