segunda-feira, 3 de abril de 2017

Saneamento Básico e os objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Você provavelmente já ouviu falar da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Ela se trata de um plano de ação da ONU para as pessoas, para o planeta, e para a prosperidade e conta com 169 metas vinculadas a 17 objetivos.

Os objetivos são integrados e indivisíveis, e equilibram as dimensões econômica, a social e a ambiental. Para atingi-los, em especial o de Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos, o Brasil tem um longo percurso e um grande desafio pela frente. Ele tem metas como alcançar o acesso universal e equitativo a água potável e segura para todos, assim como o acesso a saneamento e higiene adequados e equitativos.


De acordo com a Lei 11.445/2007, o saneamento é composto por abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo de águas pluviais. 

Como muitos podem imaginar, não são só as áreas rurais que sofrem com a precarização da distribuição de água tratada, mas as urbanas também. Uma pesquisa realizada pelo
Instituto Trata Brasil, por exemplo, indica que em média 48,3% da população nacional tem coleta de esgoto e o 
Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento ainda aponta que, até 2015 cerca de 83% da população não tinha acesso à água tratada. Ou seja, se a situação atual do saneamento básico no Brasil continuar no mesmo ritmo, não será possível alcançar sua universalização em 20 anos. 

Mas afinal, porque estamos tão longe de atingir o objetivo? No Brasil, a infraestrutura não acompanhou o rápido crescimento das cidades e, pela grande diferença entre a realidade dos municípios, dificilmente os prazos impostos são cumpridos, como a do fechamento de lixões, por exemplo, além de ser necessária também a colaboração conjunta de diversos órgãos diferentes. Ademais, investir em saneamento é uma tarefa custosa e muito lenta, porém isso significa reduzir gastos em saúde e melhorar a qualidade de vida da população -a cada R$1,00 investido em saneamento básico, são economizados R$4,00 em custos no sistema de saúde, de acordo com especialistas presentes no 4º Seminário Internacional de Engenharia de Saúde Pública.

Portanto, é importante ter em mente a grande relevância da discussão do tema e que, mesmo que em um ritmo menos acelerado, é preciso avançar na construção da garantia a todos boa qualidade de vida e um ambiente saudável.

Quer saber mais? Consulte as referências tomadas como base:
  1. blogdaengenharia.com/metas-do-desenvolvimento-sustentavel-trazem-a-tona-a-questao-do-saneamento-basico-para-todos/
  2. nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/
  3. www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/a-situacao-do-saneamento-basico-no-brasil