O Programa

O Programa de Educação Tutorial (PET) é um programa governamental nacional, subsidiado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e pela Secretaria de Ensino Superior (SESu), que busca a formação acadêmica e profissional de excelência, através de atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão. Atualmente, há 22 grupos PET na UFPR, unidos em prol da educação de qualidade. O principal objetivo do Programa é formar profissionais de nível Superior dotados de elevados padrões científicos, técnicos e éticos nas diversas áreas do conhecimento. Para tanto, proporcionam-se condições para a realização de atividades extracurriculares que favoreçam a formação acadêmica tanto para a vida profissional quanto para o ingresso em programas de pós-graduação.

Também é objetivo do PET estimular a melhoria do ensino de graduação do curso ao qual está vinculado. Assim, busca-se uma maior interação entre alunos participantes do Programa e os corpos discente e docente da Instituição. Com essa finalidade, o PET promove diversas atividades de interesse da comunidade acadêmica, abertas aos alunos interessados.

Os integrantes do PET contam com uma bolsa paga pela SESu, com a qual podem se dedicar às atividades do grupo. O Programa diferencia-se do Programa de Iniciação Científica (CNPq), pois não trata apenas de atividades de pesquisa, mas engloba também outros aspectos da vida acadêmica.


O programa, antigamente chamado de Programa Especial de Treinamento, foi idealizado pelo professor e ex-diretor geral da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Cláudio de Moura Castro. Baseado em programas oferecidos em algumas universidades americanas, como os Honours Programs, o PET tem como objetivo selecionar um grupo de alunos com interesses em comum - como a melhoria da graduação e enriquecimento pessoal - e proporcionar a eles uma formação dotada de elevados padrões científicos, técnicos, éticos e com responsabilidade social, através de atividades de Pesquisa, Ensino e Extensão.


Em 1979, foram criados os primeiros grupos do país: Economia - UnB, Economia - PUCRJ e Direito - USP. O PET foi aperfeiçoado e ampliado durante 20 anos sob o acompanhamento e avaliação da CAPES e, a partir do ano 2000, o Programa passou a ser vinculado à Secretaria de Ensino Superior (SESu).


Em 1997, apesar dos resultados positivos na avaliação do 'Relatório Balbachevsky' (avaliação encomendada pela CAPES ao Instituto NUPES da USP), o então diretor de Programas da CAPES, Luis Valcov Loureiro, emitiu um ofício anunciando o contingenciamento parcial de recursos para o PET. O número de bolsas foi reduzido em 50%, a bolsa mestrado destinada aos egressos do Programa foi suspensa e as taxas acadêmicas foram contigenciadas.


A reação a esse ato ocorreu através da publicação de artigo escrito pelo jornalista Luís Nassif, da Folha de São Paulo. Além disso, com o apoio dos grupos da UEM e da UFSM, foi criada uma rede de comunicações para organizar uma manifestação de rua em Brasília, em março de 1998. Com cerca de 600 pessoas protegidas por uma tropa de choque que cercou o Ministério da Educação e Cultura (MEC), a manifestação conseguiu a suspensão do corte das bolsas, a publicação dos resultados do Relatório Balbachevsky e a criação de uma Comissão constituída de professores tutores e de um representante petiano.


Nove meses depois, a CAPES ainda não havia convocado a Comissão, o que originou uma nova manifestação em Brasília. Dessa vez, foi exigido que nenhum ofício de extinção do Programa fosse emitido. No entanto, no início de 1999, o ofício foi redigido. Com o apoio maciço dos grupos inscritos, foram feitas manifestações na Câmara, Senado, imprensa e associações de classe. Em Brasília, cerca de 1.200 pessoas, apoiadas por políticos e pela mídia, conseguiram a revogação do ofício de extinção.

A partir dessa etapa, diversas metas foram alcançadas. Em 2002, com o apoio financeiro do Ministério da Educação e Cultura (MEC), foi atualizado o Manual de Orientações Básicas do PET, com sinal honroso ao trabalho da Profa. Izaura Kuwabara e do Prof. Álvaro Ayala.


Como novos desafios do PET, têm-se o zelo pelo que já foi conquistado no passado, a avaliação dos grupos para a manutenção de sua excelência, a luta para que tutores e alunos sejam ativos em suas atividades de rotina e na política do programa e a discussão das melhorias que podem ser desenvolvidas no Programa.