terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Rodovias Urbanas são melhores depois de destruídas

Seul transformou uma rodovia urbana em parque. No Rio de Janeiro, o antigo elevado virou rua pedestrianizada. (Foto: Emiliy Orpin/Flickr)
Onde havia um riacho, surgiu uma estrada, que renasceu como parque urbano e ressuscitou toda a área central da cidade. É mais ou menos assim a história de Cheonggye Stream, exemplo mundial em planejamento verde e parada obrigatória de turistas que visitam a capital sul-coreana.
Em meados dos anos 60, o governo de Seul construiu uma rodovia elevada urbana sobre o córrego Cheonggyecheon, um curso d’água natural que foi se degradando aos poucos por intervenções humanas e que enfrentou graves problemas de saneamento. Com a rodovia, veio a desvalorização que afastou, ao longo de uma década, 40 mil residentes e 80 mil empregos. Mais que isso, a própria infraestrutura corria risco de não suportar o tráfego em decorrência da umidade gerada pelo rio sobre onde foi erguida.
O espaço era tomado pelos carros. Hoje é das pessoas, que têm, a qualquer dia e hora, de graça a seu dispor, um dos parques urbanos mais interessantes do mundo. Vibrante, cheio de vida, atraente e para pessoas!
O mais bacana é que os benefícios de um espaço público que foi tão bem planejado se estenderam a toda região: os imóveis foram supervalorizados, as poluições sonora e do ar reduziram, as espécies de plantas e animais cresceram, a qualidade da água melhorou, o efeito da ilha de calor reduziu 8ºC e o transporte coletivo ficou 13,4% mais acessível.
Em apenas dois anos, 56 milhões de pessoas haviam visitado o parque. O Cheonggye Stream foi uma promessa de governo do então prefeito, Lee Myung-bak. Ele virou presidente da Coreia do Sul. E deixou os 5,8 km de parque urbano como um grande legado à cidade e um lembrete às lideranças de todo o mundo que a força política de um gestor municipal transforma as cidades de forma profunda – nesse caso, para o bem.
O estudo de caso de Seul e de outras cidades que derrubaram suas rodovias urbanas é trazido pela publicação “Morte e Vida das Rodovias Urbanas”, da EMBARQ Brasil (produtora deste blog) e do ITDP Brasil.


#RioSemPerimetral


Uma rodovia urbana tem o papel claro de transportar a longas distâncias e em alta velocidade. Por isso, quando instalada de forma equívoca, em vez de desafogar o trânsito geram efeito contrário e degradam seus entornos.

Na foto abaixo, o antigo Elevado da Perimetral em fase de demolimento. Acima, a transformação completa da paisagem e da qualidade de vida da região. (Fotos: Cidade Olímpica/Divulgação)

Numa situação semelhante à de Seul, o Rio de Janeiro enfrentou os efeitos negativos do Elevado da Perimetral e, após estudar bem o caso, a prefeitura resolveu acabar com ele. A derrubada foi concluída no meio do ano passado e hoje as pessoas ganharam uma via pedestrianizada e o patrimônio histórico foi recuperado. Por trás da rodovia, se escondia uma cidade mais bonita e mais convidativa.
A decisão também foi ao encontro das operações do Porto Maravilha, uma iniciativa para recuperar as regiões portuária e central, incluindo medidas de requalificação do sistema viário e da mobilidade urbana.
Os efeitos da derrubada de uma rodovia urbana transcendem questões estéticas, mas são fundamentais para a recuperação econômica, revitalização urbana, qualidade de vida, mobilidade urbana e meio ambiente.
No vídeo, assista à transformação da perimetral:

Fonte: The City Fix Brasil
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

As 5 cidades com melhor transporte público


O Inhabitat, blog ligado ao Boston Architectural College, fez uma lista com as cinco cidades que mais se destacam quando o assunto é transporte coletivo de qualidade. O ranking utilizou como critérios o conforto, conveniência, eficiência, limpeza, rapidez e facilidade de utilização dos serviços. Confira a lista, reproduzida pelo site The City Fix Brasil.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Tecnologia reutiliza 95% da água desperdiçada no banho

Muitas cidades no Brasil estão enfrentando uma grave crise hídrica. Por isso, a economia de cada gota de água é essencial. Um método inovador pode nos ajudar a diminuir o consumo: chama-se Gris e funciona como um coletor de água que fica embaixo do chuveiro.



A tecnologia é composta por quatro células interligadas que se inclinam suavemente para o centro. A água desperdiçada fica concentrada nessas células, que capta até 10 litros do líquido. Quando necessário, basta utilizar essa água para outro uso, como lavar um banheiro ou irrigar plantas.

Segundo o criador do projeto, Alberto Vasquez, do Igen Design, as células coletam cerca de 95% da água desperdiçada no banho. Vasquez diz que está procurando financiamento para trazer o produto ao mercado. Ele estima que o Gris custará entre R$ 60 e R$ 80.