sexta-feira, 15 de junho de 2012

Revestimento "gelofóbico" não congela nunca



Engenheiros da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, descobriram uma forma de tornar qualquer superfície metálica imune ao acúmulo de gelo.
A descoberta terá impactos em uma série de aplicações, de geladeiras a turbinas eólicas, passando pela fuselagem de aviões e pelos telhados em países frios.
O resultado é um melhoramento em relação a um feito anterior da equipe, que havia criado uma superfície que repele as gotas de água antes que elas congelem.
Mas o tratamento das superfícies então desenvolvido não dava bons resultados em condições de elevada umidade, como quando a superfície é atingida por neblina ou condensação (embaçamento).
Nesse meio tempo, a equipe da professora Joanna Aizenberg criou omaterial sintético mais escorregadio do mundo, que o grupo batizou de SLIPs, "escorregar" em inglês, mas também uma sigla para Slippery Liquid-Infused Porous Surfaces - superfícies escorregadias porosas com infusão líquida.

Confira a notícia na íntegra: 

Agora eles encontraram uma forma de juntar as duas coisas, criando uma técnica que permite incorporar as superfícies superlisas em superfícies metálicas.
À prova de gelo
A união das duas técnicas foi obtida criando uma interface molecular que fica imobilizada sobre a camada nanoestruturada.
Ao contrário da superfície inicial, onde apenas gotas maiores escorregavam com facilidade, neste novo revestimento praticamente nada consegue se firmar, nem líquido (de gotas de chuva a gotículas microscópicas de condensação) e nem sólidos (gelo).
O segundo passo foi encontrar uma forma de fixar o revestimento superlubrificante aos metais, o que foi conseguido colocando uma primeira camada com um revestimento com rugosidades microscópicas, onde a camada lubrificante consegue aderir.
Os testes desse novo material "gelofóbico" foram feitos em congeladores, mostrando um desempenho muito superior ao das técnicas "frost-free" dos refrigeradores atuais - o novo material acumulou 10 vezes menos gelo.
Além da inibição da formação do gelo, o material gerou uma significativa diminuição no consumo de energia dos congeladores onde foram feitos os testes.