quarta-feira, 25 de abril de 2012

Engenheiros testam efeito de terremotos em elementos não-estruturais dos edifícios

Pesquisa pretende descobrir como manter prédios como hospitais, por exemplo, funcionando durante os abalos







Engenheiros da Universidade da Califórnia, em San Diego, estão realizando testes sísmicos em um prédio de cinco andares na Englekirk Structural Engineering Center, com a ajuda da maior mesa de abalos do mundo. O objetivo do projeto é descobrir o que precisa ser feito em prédios como hospitais, por exemplo, para que continuem em funcionamento depois de um terremoto. Os pesquisadores também tentarão descobrir se as barreiras contra incêndios são afetadas pelos abalos sísmicos. 


O edifício é composto de dois tipos diferentes de fachadas: os dois últimos andares são feitos de painéis de concreto pré-moldado, enquanto os três andares de baixo estão revestidos com placas de gesso e estuque leve. O prédio está equipado com uma unidade de terapia intensiva, sala de cirurgia, canalização, ar condicionado, barreiras contra incêndios e um elevador, além de uma torre de água e sistema de aquecimento na cobertura. 

No primeiro dia de testes, ocorrido há cerca de duas semanas, o prédio passou por abalos da mesma magnitude do terremoto de Northridge, Califórnia, em 1994 (6.7 na escala Richter) e do terremoto do Chile em 2010 (8.8 na escala Richter). Os resultados mostraram que a base do prédio balançou significantemente, mesmo equipada com um rolamento de borracha cilíndrico que isolou grande parte do prédio do movimento lateral que sofreria num terremoto de verdade. Porém, a estrutura que fica em cima destes isoladores sofreu poucas distorções. 

Segundo a professora e pesquisadora Tara Hutchinson da Jacobs School of Engineering da Universidade, este teste mostrou que os isoladores colocados embaixo do prédio protegeram os componentes não-estruturais. Ainda de acordo com Hutchinson, os danos aconteceram em objetos ou estruturas que são fáceis e baratos de reparar, como por exemplo, paredes divisórias. Os engenheiros monitoraram o prédio com mais de 500 sensores e 70 câmeras, que gravaram o movimento de componentes internos do edifício. 

Segundo informações da Universidade da Califórnia, esta é a primeira vez nos Estados Unidos que uma pesquisa se dedica a estudar vários sistemas não-estruturais e equipamentos que podem falhar durante um terremoto, como por exemplo, elevadores, escadas e inúmeros equipamentos médicos. 

Falta de mão de obra, impulsiona a industrialização no setor de construção civil




Com o aquecimento da economia no país, e o crescimento no setor de construção civil, está aumentando a dificuldade de encontrar mão-de-obra qualificada para este setor. Este é problema que afeta 69% das empresas deste segmento, segundo pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria).


No ano passado, foram abertas mais de 40 mil vagas para a construção civil somente no estado de São Paulo, e no primeiro trimestre deste ano já somam mais de 20 mil vagas.

Segundo pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas, a opção dos jovens hoje tem sido por trabalhos cada vez menos braçais. Dos 29 milhões de jovens que ingressam no mercado de trabalho, apenas 2 milhões estão no setor da construção civil, o que tem gerado um déficit significativo de mão de obra.

Este problema está forçando as empresas a utilizarem métodos de construção alternativos, como por exemplo, processos de industrialização nos canteiros. Na Construtora Costa Feitosa, a adoção de sistemas construtivos industrializados é responsável por reduzir em até 50% a necessidade de mão de obra, para os postos de menor qualificação, como pedreiros, carpinteiros, armadores, ajudantes e outros.

“Embora haja dificuldades também para os cargos mais técnicos, como engenheiros, o problema é maior para os de menor especialização, em função do número de profissionais necessários”, diz o presidente da construtora, Tercio Luiz Costa Feitosa.

A Construtora Costa Feitosa que é especializada em obras industriais, utiliza elementos pré fabricados em concreto armado (vigas e pilares), lajes e pisos protendidos. Na cobertura utilizamos estruturas metálicas e telhas zipadas, que além de reduzirem a necessidade de mão de obra na instalação, aumentam a estanqueidade do telhado.

Apesar de envolver uma maior capacitação técnica, este tipo de solução traz uma economia significativa para todo o processo, o que chamamos de racionalização do custo.
“Historicamente a mão de obra representa 40% do custo total da obra. Com este sistema, a participação cai pela metade em função da redução do número de trabalhadores”, afirma o presidente da construtora.

Fonte.

Norma de parede de concreto moldada in loco entra em vigor em maio

NBR 16055 aborda requisitos gerais para qualidade da parede, propriedade de materiais, análise estrutural e procedimentos para a fabricação






Entra em vigor no próximo dia 10 de maio a NBR 16055:2012 - Parede de concreto moldada in loco para a construção de edificações - Requisitos e procedimentos. A norma técnica foi aprovada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) no dia 10 de abril.

Antes da aprovação da norma, o sistema construtivo seguia as diretrizes do Sistema Nacional de Aprovações Técnicas (Sinat) e as empresas que quisessem utilizá-lo tinham que obter o Documento de Avaliação Técnica (DATec).

A NBR 16055:2012 se aplica somente às paredes submetidas à carga axial, com ou sem flexão, concretadas com todos os elementos que farão parte da construção final, como detalhes de fachada (frisos, rebaixos), armaduras, instalações elétricas e hidráulicas. Além disso, considera as lajes incorporadas ao sistema por solidarização com as paredes, tornando o sistema monolítico. 

O documento informa que as paredes de cada ciclo construtivo de uma edificação podem ser moldadas em uma única etapa de concretagem, o que permite que após a desforma, as paredes já possuam vãos para portas e janelas, tubulações ou eletrodutos de pequeno porte, elementos de fixação para coberturas e outros elementos específicos. Outro destaque é que a norma fixa requisitos para a construção de edifícios com qualquer altura, o que beneficia o programa Minha Casa, Minha Vida. 


Fonte.
Repercussão.
sábado, 21 de abril de 2012

Local da palestra - Paulo Helene 24/04


A palestra do dia 24/04, terça-feira, a ser proferida pelo prof° dr Paulo Helene, da USP, será realizada no AUDITÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO (1° andar) - Centro Politécnico da UFPR.

Pedimos que não se atrasem para o evento, que terá início às 19h15, sob risco de não terem vagas suficientes para todos.

Agradecemos a compreensão.
Att, 

PET Civil UFPR
sexta-feira, 20 de abril de 2012

Feira de Profissões da UFPR lança concurso de cartaz




O ano do centenário da Universidade Federal do Paraná também marca a realização da décima edição da Feira UFPR:  Cursos e Profissões. O edital do concurso que vai selecionar o cartaz do evento já foi lançado. As propostas podem ser enviadas até o dia 11 de maio.
O criador da imagem vencedora receberá um vale-compras no valor de R$3.000,00 para ser utilizado nas Livrarias Curitiba. O cartaz deve ser alusivo ao centenário da UFPR e à 10ª edição da Feira UFPR: Cursos e Profissões. O concurso é aberto a estudantes e profissionais de todo o país e não há limite de trabalhos por participante.
Os trabalhos podem ser entregues pessoalmente até o dia 11 de maio, de segunda a sexta-feira, das 9 às 12h e das 14 às 18h, na Assessoria de Comunicação Social e Marketing da UFPR, Rua Dr. Faivre, 405, 2º andar, Edifício D. Pedro II, Centro, Curitiba ─ PR, ou enviadas pelos Correios, com data de postagem protocolada até o dia 11 de maio.
Feira UFPR: Cursos e Profissões

A 10ª Feira UFPR: Cursos e Profissões será realizada de 17 a 19 de agosto, no Setor de Educação Profissional e Tecnológica da UFPR, em Curitiba. O evento é uma “vitrine” para aqueles estudantes que pretendem ingressar na universidade conheçam os cursos oferecidos, a infraestrutura da instituição, novidades sobre o processo seletivo, entre outros aspectos do Ensino Superior. Todos os cursos da UFPR terão estandes próprios, nos quais estudantes e professores atenderão os visitantes, fornecendo informações.

Em 2011, a Feira recebeu um público de 55 mil pessoas.

Informações, edital completo do concurso e fotos da Feira de 2011 em Feira de Cursos e Profissões UFPR 2012.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Desafio Intermodal - Engenharia de Tráfego

Saída do Centro Politécnico, no prédio de ADM

Nesta segunda-feira (16/04), os alunos da disciplina optativa de Engenharia de Tráfego, orientados pela professora Márcia de Andrade Pereira - Departamento de Transportes -, realizaram o Desafio Intermodal. O projeto é uma adaptação do desafio realizado em diversas capitais e metrópoles, como o que vem sendo realizado em Curitiba desde 2007, com diferentes resultados.

O Desafio Intermodal tem como um dos responsáveis pela sua realização o coordenador do projeto Ciclovida, José Carlos Assunção Belotto, do Núcleo de Psicologia do Trânsito da UFPR. Medir gasto de tempo, calorias, custo financeiro e emissão de poluentes, além de avaliar os quesitos de conforto e segurança, são alguns dos objetivos do projeto. Além disso, visa propor soluções para o problema de trânsito engarrafado de diversas cidades no Brasil e no mundo. Dentre os vários desafios já realizados, a bicicleta geralmente "vence" no quesito maior agilidade e menor custo.

Praça do expedicionário
Para a disciplina de Engenharia de Tráfego, a professora Márcia, junto com os alunos do PET Civil, propôs que o trajeto realizado fosse:

Partida - Prédio de Administração do Centro Politécnico, UFPR

Ponto intermediário - Praça do Expedicionário, centro

Ponto final - Praça das Nações, entre o Alto da XV e Cristo Rei.



Praça do expedicionário

Ao final do desafio, na Praça das Nações, os estudantes - que se dividiram entre os modais carro, ônibus, ônibus + a pé, bicicleta, moto, táxi, corredor e a pé - responderam um questionário para avaliarem as condições do trajeto, como via, trânsito e segurança. Além disso, foram tiradas fotos para registrar a passagem e o tempo de cada participante em cada ponto. Após serem computadas as avaliações de cada modal, a professora elaborará um relatório.

Confira as fotos no facebook do PET.
quinta-feira, 12 de abril de 2012

Norma que regulamenta parede de concreto moldada in-loco deve aquecer mercado




A aprovação da norma que regulamenta a parede de concreto em edificações, anunciada no último dia 29 de fevereiro, deve aquecer o mercado da construção civil. Elaborada pela Comissão de Estudo de Parede de Concreto (CE-02:123.05) do Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB-02), a norma tem como objetivo facilitar a utilização dessa tecnologia e aborda requisitos gerais para qualidade da parede, critérios de projeto, propriedade de materiais, limites para dimensões, deslocamentos e aberturas de fissuras, análise estrutural, dimensionamento e os procedimentos para a fabricação da parede.

De acordo com Edenilson Rivabene, gerente de planejamento da Metro Modular, a falta de uma norma que regulamentasse o uso do concreto diminuía consideravelmente o potencial deste mercado. “As paredes de concreto são resistentes tanto quantos as de tijolo, e o seu uso reduz o tempo de execução e os custos da obra. Por isso a norma torna-se um divisor de águas para o setor”, comenta.


A existência da norma abre o mercado de construção de casas e edifícios com paredes de concreto, antes restrito a um pequeno número de construtoras. “Antes da aprovação, havia uma série de exigências que tornavam este tipo de construção mais cara. As construtoras tinham que obter um Documento de Avaliação Técnica (DATEC), um processo demorado que, muitas vezes, inviabilizava o uso deste sistema pelas construtoras”, comenta Rivabene.

Para a Metro Modular, especializada na fabricação de formas plásticas para paredes de concreto, a expectativa é de aumento nos negócios. “Grande parte das nossas negociações esbarravam na falta de uma norma que regulamentasse este sistema. Agora, com um maior número de construtoras utilizando este sistema, nossa expectativa é de crescimento”, finaliza.

Ele explica que a norma se aplica somente às paredes submetidas à carga axial, com ou sem flexão, que são concretadas com todos os elementos que farão parte da construção final (detalhes de fachada, armaduras distribuídas e localizadas e instalações elétricas e hidráulicas). Outro ponto destacado pelo gerente da Metro Modular é que, além de ampliar o mercado, a norma traz mais segurança às construções deste tipo. "O uso do sistema vai ser mais explorado, mas de forma controlada, garantindo a segurança das edificações", afirma.

Por fim, ele considera que as construtoras que utilizarem deste sistema estarão à frente das outras. “Elas serão mais competitivas, uma vez que o sistema proporciona velocidade na execução da obra e redução de custos, o que pode acabar refletindo positivamente no bolso do consumidor final”, finaliza Rivabene.


quinta-feira, 5 de abril de 2012

Pedestres de Nova York ganham alternativa a avenidas movimentadas

Travessias que permeiam quarteirões no coração de Manhattan são nova proposta para melhorar segurança na cidade


Pedestres caminham em passagem entre as ruas 51 e 57, e entre as
avenidas Sexta e Sétima, em Nova York (27/03)

Primeiro foram as ciclovias que tomaram conta da paisagem urbana de Nova York. Depois vieram os calçadões para pedestres, brotando do concreto em locais como Times Square e Union Square para minimizar o insuportável tráfego da região.
Nos próximos meses, os nova-iorquinos poderão testar a última intervenção do governo Bloomberg: placas de "pare" no meio de avenidas centrais, lombadas para redução da velocidade e travessias para pedestres que permearão seis quarteirões localizados no coração de Manhattan, forjando o que alguns têm chamado de “Avenida Sexta e Meia”.
O Departamento de Transporte planeja ligar as praças públicas e galerias que vão das ruas 51 a 57, entre as Avenidas Sexta e Sétima, criando uma passagem que permeará espaços abertos entre prédios de escritórios e oferecerá refúgio do tumulto das principais artérias da cidade.
Apesar de passagens para pedestres existirem em outros lugares na cidade, principalmente perto do Rockfeller Center, o trecho proposto se tornará a única via deste tipo na região conhecida como Midtown e governada por algo mais frequentemente encontrado fora de Manhattan: a placa de "pare".
Durante anos, a passagem, ligada por uma série de espaços públicos de propriedade privada, tem sido um segredo dos habitantes da área, apresentando talvez a mais tentadora oportunidade de caminhar pelas ruas desta cidade. Os moradores podem almoçar um belo lombo no restaurante The Capital Grille, na Rua 51, assistir a um filme no Teatro Ziegfeld três quarteirões depois e terminar a noite com drinques na Rua 57 no famoso Russian Tea Room, tudo isso sem nunca pôr os pés em uma avenida.
"Muita gente não sabe que estes lugares existem, escondidos no interior dos edifícios", disse Janette Sadik-Khan, a comissária de transportes da cidade. "Este é um tipo de rota para pedestres que é mantido em segredo, mas que pode ajudar muita gente.”
Para os críticos, a proposta representa a mais recente de uma série de políticas que prejudicam os motoristas ao favorecer os pedestres. Placas de "pare", segundo eles, só vão agravar o congestionamento em toda Manhattan.
quarta-feira, 4 de abril de 2012

Conferência de Energia Eólica do Brasil – Dez Itaipus ao vento

Durante a Conferência de Energia Eólica do Brasil,
o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE)
revela o potencial inaproveitado do País no setor. 

A energia eólica é uma fonte de energia renovável com um potencial ainda pouco aproveitado no mundo e – sobretudo no Brasil. Atualmente, representa apenas 0,4% da matriz energética brasileira, mas estima-se que seu potencial seja de, no mínimo, 143GW. Isso equivale à produção de dez usinas de Itapu somadas.
“Esse dado é o piso e acreditamos estar subestimado. Os 143GW foram estimados com medições de ventos a 50 metros de altura, mas hoje já temos medições de operar com equipamentos que trabalham a 100 metros de altura”, afirma Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Em 2005, o Brasil produzia 28MW, com 10 usinas. “Estávamos praticamente do zero até os leilões de 2009 e agora estimamos produzir 7 mil MW até 2014”.
Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), hoje o País produz 1.471 MW, possui usinas em construção que fornecerão 1.200 MW e possui um potencial de 6.000 MW em contratos.
Para Tolmasquim, o Brasil tem uma grande vantagem em relação aos outros países devido ao fato de sua matriz energética predominante ser a hidrelétrica (91%).
“Descobrimos que o ciclo da água é complementar ao ciclo dos ventos. Ou seja, quando está ventando mais é quando menos temos volume de água”, diz.
Com isso, a energia eólica pode funcionar como uma bateria da hidrelétrica. “Quando venta, a hidrelétrica para de gerar energia e acumula água e vice-versa. Assim, usamos duas grandes fontes renováveis que se complementam”, completa.
Além disso, a energia eólica é, depois da hídrica, a de menor custo. E entre as fontes alternativas, é a que tem o menor preço.